Quando eu era adolescente, lá pelos 14 ou 15 anos, uma das diversões vigentes era curtir as domingueiras na discoteca. A gente ia lá pra ouvir rock nacional e “poperô”, íamos pra tentar dançar uma música lenta com alguma garota, mas a gente ia principalmente pra beijar. Não era fácil, mas assim como hoje nas micaretas e afins, a gente ficava contabilizando “quantas” no final da baladinha, lembro que havia um colega bonitão que beijava 8 ou 9 na mesma festa, às vezes 11…rs. Eu nunca fui muito bom nesse esporte de beijar várias, no máximo beijava uma e ficava com ela no restante do bailinho, o que hoje percebo que era bem mais interessante.
Enfim, existem os lugares e momentos adequados para o beijo ser tratado de forma simples e direta, só pela diversão mesmo, às vezes é o carnaval, noutras é a baladinha bombando, e sempre tem um pouco de álcool no meio para os mais tímidos, daí os beijos acontecem. Tudo ótimo e muito natural, beijar é realmente uma delícia. Mas em alguns momentos da sua vida você com certeza vai se deparar com uma situação onde o beijo não será encarado como um simples ballet de línguas. Em um contexto diferente, fora do clima louco das baladas e afins, um dia você vai se sentir interessado em beijar alguém de verdade, ou será alvo de alguém que quer muito beijar sua boca. Você por um momento consegue pensar nas consequências do ato, daí o beijo fica no ar. E aí, será que eu beijo ou não beijo?
Às vezes é melhor pensar bem antes de decidir beijar alguém, afinal de contas, os beijos podem mudar os planos de uma noite ou do seu final de semana, mas também podem mudar toda uma vida. Talvez nem afete a sua em algumas ocasiões, será apenas mais um pra você, mas quem garante que a vida do outro permanecerá intacta? Corremos o risco sempre, em todo olhar, em todo carinho, em todo momento que envolver afeto. Seja lá como for, divirta-se e beije muito, sempre que possível, mas mesmo contrariando as regras da loucura de um beijo delicioso, de vez em quando use o bom senso.
Boas vibrações!